A fada Morgana é uma lenda da Mitologia Celta, das regiões da Grã-Bretanha e Itália.
Seu nome significa "aquela que vem do mar", justamente por ela morar na Ilha de Avalon. Morgada era meia-irmã do Rei Arthur, sendo filha de Igraine e o Duque de Cornualha. Morgana é uma das principais representações do feminino nas lendas do Rei Arthur.
Conta a lenda que Morgana almejava destronar o Rei Arthur e se tornar Rainha de Camellot. Em algumas versões surge a ideia de que ela sera herdeira do trono por direito, em outras versões é representada com uma traidora e que se utilizava de poderes sobrenaturais para conseguir o que quer.
Contudo, Morgana não nasceu com poderes. Era uma moça simples e comum, mas de extrema beleza e que desejava demais aprender magia. Foi então que sua tia Viviane a iniciou nos conhecimentos ocultos para torná-la a Dama do Lago ou Sacerdotisa de Avalon. Em vários livros Morgana é retratada venerando a natureza, com sabedorias sobre ervas e alimentos, alinhada com as estações do ano, astrologia e fazendo práticas místicas em períodos de maior fluxo de energia. Práticas estas que por longos períodos da história foram atribuídos a "bruxas", que apenas trariam o mal.
Algumas lendas apontam que Morgana tinha a capacidade de mudar de forma, podendo se mostrar como uma jovem donzela, uma adulta grávida ou uma frágil idosa. Estes 3 arquétipos são muito simbólicos e se referem também as 3 principais fases da vida da mulher.
Assim, Morgana está ligada aos processos de vida-morte-vida ao passo que nossa existência é um constante movimento de deixar um aspecto nosso morrer para dar vida a uma nova fase.
Morgana era muito temida, pois ao mesmo tempo que todos sabiam que ela tinha poderes, não sabiam que poderes exatamente. E o fato dela não ter nascido com "dons", mas ter adquirido conhecimentos e se desenvolvido por mérito próprio, traz a ideia de quela ela pode desenvolver em si o que desejar. Esse mistério reforçava o temor a sua imagem. Assim, Morgana possui o estereótipo de "mulher comum", mas “perigosa”, por não se saber o que está além do que os olhos veem.
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