domingo, maio 24, 2020

MEDITAÇÃO, HORMÔNIOS E NEUROCIÊNCIA


 PRODUTIVIDADE

Cada vez é mais comum se ter conhecimento de pessoas com alto nível de produtividade (principalmente ligado ao mundo dos negócios) praticar algum tipo de meditação. E de fato, a meditação tem sido cada vez mais comum para além de contextos ligados a espiritualidade ou relaxamento.

A dopamina é um neurotransmissor que, dentre outras funções, rege o foco e a produtividade. Estudos demonstram que pessoas com baixa concentração de dopamina ficam desanimadas e apáticas; já quem tem níveis satisfatórios de dopamina, são pessoas claramente motivadas.

Segundo especialistas da neurociência, a relação da dopamina, produtividade e meditação é muito clara, sendo altamente recomendado praticar meditação para aumentar o foco e a motivação no trabalho.

 

FELICIDADE

A serotonina é o hormônio da felicidade, um antidepressivo natural! A produção deste hormônio pode ser estimulada tomando banhos de sol, exercícios de relaxamento, atividades prazerosas e... meditação!

São diversos os estudos científicos que tem apontado sentimentos de felicidade após a meditação. A Universidade de Cambridge montou um grupo de controle composto por pessoas diagnosticadas com depressão e que faziam tratamento medicamentoso. Foi observada melhora significativa dos sintomas e muitos pacientes tiveram redução da medicação.

Contudo, é sempre importante lembrar que a prática da meditação mostra resultamos através da continuidade, com o tempo. E claro que, a meditação não substitui o tratamento médico ou psicológico, mas é sem dúvida uma grande aliada principalmente quando conduzidas por terapeutas!

 

DORMIR

Dados indicam que quase 35% dos brasileiros terem distúrbios de sono. E o cansaço é o primeiro problema gerado, embora outros possam vir a reboque: aceleração do envelhecimento, incluindo obesidade, depressão, diabetes, doença cardíaca e câncer. Isso porque, a insônia também prejudica a cognição de forma geral e desequilibra uma série de hormônios fundamentais ao bom funcionamento do organismo. Um hormônio em especial, é chamado de "hormônio do sono.

A melatonina é um hormônio criada pelo aminoácido triptofano e secretado naturalmente pela glândula pineal. Localizada no centro do cérebro, esta glândula é do tamanho de uma ervilha, e em muitas tradições orientais ela é considerada um ponto de conexão com a espiritualidade e onde o fluxo de energia durante a meditação deveria ser mais intenso.

O hormônio melatonina é produzido quando há ausência de luz e é comumente conhecida como sendo reguladora do relógio biológico, fazendo com que tenhamos sono a noite e mais disposição durante o dia. A melatonina exerce um efeito relaxante, quase hipnótico no indivíduo graças à inibição do núcleo supraquiasmático, o nosso centro circadiano de sono-vigília. Atuando também como antioxidante e imunomodulador no organismo.

Estudos tem indicado que a prática da meditação antes de dormir elevava os níveis de melatonina durante aquela noite, mas não de forma permanente, e sim nas noites em que a meditação é praticada. Isso indica que a meditação deve ser uma prática contínua para quem quiser desfrutar deste benefício.

Assim, por meio da meditação, pode-se modificar vários um importante elemento gerador do sono, melhorando consideravelmente a saúde e restaurando a homeostase corporal e mental.

 

HUMOR

A serotonina é um hormônio neurotransmissor. Ou seja, ela atua fazendo a comunicação entre as células nervosas, um verdadeiro mensageiro do sistema nervoso! Essa substância química é considerada por especialistas como um estabilizador natural do humor, mas também influencia o sono, o apetite, o ritmo cardíaco, a temperatura corporal e diversas funções intelectuais. Assim, quando a serotonina se encontra numa baixa concentração, pode causar mau humor, dificuldade para dormir, ansiedade ou até mesmo depressão.

Diversos estudos tem demonstrado que a meditação aumenta naturalmente os níveis de serotonina, e por outro lado, diminui o cortisol (que causa estresse), favorecendo o bom humor! Para o terapeuta que trabalha com meditação, pode incentivar o utente a fazer um diário de meditação e ir observando com o passar do tempo as alterações e melhorias no seu humor.

 

CRIATIVIDADE

A criatividade está intimamente ligada a dormir o suficiente, se alimentar bem, ter um corpo saudável, motivação pessoal e uma mente clara. E quimicamente, temos um hormônio ajuda esta engrenagem acontecer: a dopamina. A dopamina é muitas vezes chamada de hormônio do prazer. Isso porque os estímulos causados por atividades que causam satisfação, aumentam o nível deste hormônio.

Meditação, criatividade e dopamina?

Vários estudos tem apontado que a prática da meditação aumenta os níveis de dopamina, traz sentimentos positivos, bem estar e clareza mental. E o resultado é... AUMENTO DA CRIATIVIDADE!

Nossos pensamentos se tornam claros, ficamos mais otimistas e dispostos, contribuindo significativamente para inventar, criar, modificar... A meditação também traz liberdade de pensamento e poder de concentração, aspectos fundamentais para a criatividade. Então, bora meditar pra criar?

 

DIMINUIÇÃO DO ESTRESS

O cortisol tem a fama de ser o “hormônio do estresse”, isso porque ele liberado em situações de emergência. O problema é que quando o ritmo de vida é muito tenso, as pressões são grandes e os prazos curtos, tudo leva nosso cérebro a achar que é uma emergência.

O hormônio cortisol é produzido pelas glândulas suprarrenais, tendo assim, relação energética com o chakra básico, que rege nossa sobrevivência e o mundo material. Nesse sentido, todas as atividades que trabalhem o controle emocional, relaxamento e o bem-estar auxiliam a regular o cortisol. E aí entra a meditação!!

Já existem vários estudos e relatos da sensação de tranquilidade que a prática da meditação proporciona. Mas atente: A PRÁTICA DA MEDITAÇÃO!

De fato, ninguém que esteja passando por um pico de estresse vai conseguir meditar. Mas com a prática constante, a mente e o organismo como um todo vão se adaptando a um novo modo de viver com menos tensão.

 

 MENTE FOCADA

Quando estamos estressados a mente se dispersa, o pensamento não fica claro e é difícil tomar decisões. Isso porque, uma das alterações neurofisiológicas que ocorre é o aumento da noradrenalina.

Este neurotransmissor é o ativado quando somos desafiados, estamos curiosos ou super estimulados. Em contrapartida, em doses elevadas, desencadeia estresse.

O que tem sido percebido por estudiosos da área é que os exercícios respiratórios do yoga (pranayamas) e a meditação com foco na respiração tem efeitos muito positivos na diminuição dos índices de noradrenalina do organismo.

Assim, que pratica a meditação com frequência, tende a ter uma mente mais focada, pensamentos mais organizados e mais poder de concentração.


EMPATIA E COMPAIXÃO

Considerando a empatia como a capacidade de entrar em conexão com a dor do outro e a compaixão como um desejo altruísta de que todos se libertem do que os faz sofrer, é fácil desejar que todos os seres do mundo possam ter estes dois sentimentos.

Mas como isso pode ser desenvolvido?

Segundo a neurociência, a oxitocina é um hormônio relacionada ao amor e a confiança. E mais recentemente, também considerado o “responsável químico” pela empatia e compaixão (que também podem serem consideradas um tipo de amor, não é?!).

E a prática regular de meditação tem mostrado que pode aumentar os níveis desse hormônio. Uma dica extra: meditações em grupo ou partilhar experiências meditação contribui também ao criar vínculos, permitindo que a empatia e a compaixão possam ser compartilhadas!


Para saber mais sobre a relação entre ciência e meditação assista o vídeo:

Tudo de Om pra você!!!
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